terça-feira, 5 de janeiro de 2016

Viagem com bebê de 6 meses: Orlando, FL.

Dia desses no facebook falei que não conseguiria escrever sobre a viagem aos EUA com a Bruna. Mas pensei melhor, porque no período de preparação da viagem, fiz muitas pesquisas online e senti falta de relatos! Encontrei dicas, claro, mas senti falta de mães contando mais prolongadamente sobre viajar para outro país com bebês pequenos. Decidi ir dormir mais tarde pra poder, quem sabe, ajudar alguém que está angustiado com a primeira longa viagem do seu bebê. Eis o meu relato (inclusive esse título nada criativo é pra facilitar as buscas no google).

Escolhemos a Orlando porque: 

1) Gostamos da cidade;
2) Consideramos o tempo de vôo (para um primeiro prolongadão) ok;
3) O inverno não é massacrante (eu não queria ir pra Europa congelar de frio com ela tão pequena);
4) Facilidades com bebês (como carro, baby care centers, outros);
5) Sim.

Vôo

Por situações diversas (mas não adversas), acabamos indo até Miami. Saímos de Florianópolis dia 21/12/15 às 5:4 e nosso vôo até Miami saiu de Guarulhos 12:20 (ou seja, vôo diurno), de TAM em ambos os trechos. A escolha da companhia foi somente por preço.

A Bruna já tinha viajado de avião antes, então não sei dizer se as experiências prévias tiveram influência para não haver problema nenhum com dor de ouvido ou desconfortos. O avião estava cheio de crianças pequenas! Além da Bruna com 6 meses e meio, havia outro bebê da idade dela e dois meninos de 1a6m próximos de nós. O que posso dizer é que o vôo diurno é entediante para as crianças, mesmo que elas sejam pequenas como a minha. No começo é tudo bem legal, tudo é novidade, mas depois de umas 4h de vôo é preciso rebolar, heheh. Pode parecer "chover no molhado", mas é fundamental levar brinquedinhos favoritos, salvar vídeos no celular, levar o travesseiro com o qual a criança está acostumada a dormir, essas coisas.

A aeronave que fez nosso vôo GRU-MIA não tinha um bom sistema de entretenimento. Então não consegui mostrar nada na telinha pra Bru naqueles momentos de pura impaciência dela. 


Vendo a vida passar através da janela do avião

Pedimos o berço que a TAM (e muitas outras) tem, mas ele é para crianças de até 74cm (que devem caber deitadas com as pernas esticadas), pesando no máximo 12kg. Tem custo adicional de $140 (sim, cento e quarenta obamas) por trecho. Passada minha primeira (e única, ela não vai caber mais numa próxima viagem) experiência, eu não solicitaria para o vôo diurno. Usou muito pouco, fez os seus cochilos diurnos mais no colo mesmo.

Alimentação no vôo

Todas aquelas regras proibitivas sobre transportar comida não são válidas para bebês :) Isso significa que numa pequena bolsa térmica consegui embarcar para os EUA com o almoço da Bruna, frutas para os lanches, mamadeiras com água e o leite em pó que ela usa (NAN AR). Ela seguiu direitinho a rotina de alimentação, sem prejuízos! O almoço dela estava aquecido num pote também térmico; não era  comida industrializada (que pode ser uma grande novidade para muitos).

Alimentação

Um post que me ajudou muito com essa coisa de alimentação de crianças durante a viagem foi esse aqui: http://viajandocompimpolhos.com/2013/08/02/viagens-em-familia-como-alimentar-criancas-e-bebes-em-orlando/

Na mala despachada, colocamos numa bolsa térmica maior, com gelo seco, as papinhas da Bruna. Papinhas caseiras, naturais, não comida industrializada! Além das que fizemos em casa, levamos Paplim e Papíssima, duas queridas aqui de Florianópolis. No lado externo da bolsa escrevemos Baby Food, casso a mala fosse revistada pelas autoridades aeroportuárias! 

Chegamos em Miami e ficamos hospedados uma noite no hotel do aeroporto, para obviamente descansar. Mas nesse hotel não tínhamos refrigerador. A solução foi encher a bolsa térmica de gelo molhado. As papinhas estavam todas congeladas e assim permaneceram até chegarmos em Orlando, trocando o gelo da bolsa térmica sempre que necessário! (quem já fez o trecho entre essas duas cidades sabe que tem diversas services plazas, com gelo gratuito heheh)

As Paplim, já felizes em Orlando!
Então alimentar o meu bebê que recém começou a comer não foi difícil! Claro, sempre tem a opção de cozinhar por lá, mas preferimos levar prontas. A única dificuldade foi dar o almoço no dia 22/12, pois estávamos em viagem de carro, com papinhas congeladas. Nas services plazas não tinha microondas em lugar nenhum... (podia ser banho maria, mas vocês acham que algum funcionário se disponibilizou a aquecer a comida da Bru?) Nesse dia ela ficou só com fruta e leite.

Nos outros dias, já saíamos do hotel com o almoço no potinho térmico e aí era só achar um cantinho pra parar e dar a comida. Foi assim em shopping, em outlets, no carro, onde quer que estivéssemos!

A menção honrosa é toda do Magic Kingdom (único parque que fomos), pelo seu baby care center, com cadeiras de alimentação e toda uma estrutura magnífica para qualquer necessidade!

Pausa para o almoço no Magic Kingdom
No decorrer da viagem, iniciamos a janta da Bru, por necessidade calórica do nosso bebê viajante. Ela começou a acordar de madrugada com fome... entendemos que era hora de começar a jantar! (próximo dos 7 meses)

Primeira janta da Bubu
Fizemos compras no Whole Foods, um supermercado de produtos naturais e orgânicos. Já tinha lido sobre papinhas orgânicas e comprei algumas.. As de almoço/janta não tem gosto... Aliás, achei parecido com gosto de ração (mas ainda assim a Bruna não nega nada). As de frutas são gostosas e acabei trazendo algumas pro Brasil, no estilo "on the go". Nada nunca vai ser melhor que a fruta, mas para situações complicadas (avião, viagem de carro prolongada, outros), achei válido!




Locomoção

Como falei, uma grande facilidade de Orlando pra quem tem bebês é o aluguel do carro. (até pq sem um você não faz nada por lá, a não ser que esteja hospedado num hotel da Disney que tem transporte gratuito para os parques) Você tem a opção de alugar a cadeirinha/bebê conforto junto com o carro. Além de bom senso, é também obrigatório.

Muitas pessoas compram um carrinho de passeio por lá, chamados de "umbrella". Como o carrinho da Bruna é leve e compacto (Quinny Zapp), fomos com o dela mesmo. Ele também é confortável, o que permitiu muitas sonecas deitadas (e não sentadas como nos umbrella strollers). Não teve mistério, papai ou mamãe cansados = bebê no carrinho e tudo certo! Ah, nos aeroportos ficávamos com o carrinho até a porta do avião. Bem tranquilo!

Banho

Temos banheira portátil, mas não levamos. Levei uma piscininha inflável pra usar de banheira, mas nem precisou! Os hotéis americanos quase todos tem banheiras. No começo eu ficava de fora, depois comecei a entrar com ela, bem mais fácil! (a Bruna tem medo do chuveiro, ou pelo menos teve medo no último banho de chuveiro que ganhou)

Sono

Assim como procuramos seguir a rotina alimentar da Bruna, fizemos com o sono. Se precisso fosse, parávamos tudo pra ela fazer as sonecas do dia (por exemplo: estamos num lugar e ela está dormindo no carrinho. Teríamos que ir pra outro, mas aí ela teria que ir pro bebê conforto e nisso acordaria. Então, algumas vezes, fizemos uma horinha pra ela poder dormir antes de seguirmos até o próximo destino.

Para dormir à noite, a rotina do sono igual à de casa: banho, mamar, musiquinha de ninar, ambiente escuro e calmo... cama! Digo, berço. Pedimos no hotel (na ocasião da reserva) e foi tudo bem. Ela acordava de vez em quando as 5 da manhã e aí, deliciosamente a colocávamos na cama com a gente pra que seguisse dormindo. Delícia de férias! heheh

Balanço geral

Numa outra ocasião já disse que os momentos felizes e em família são importantes pro desenvolvimento emocional saudável do bebê. E eles devem acontecer, primordialmente, em casa. No dia a dia, na rotina. Ninguém precisa viajar pra isso. Mas nós viajamos. Porque gostamos e porque queremos que ela sempre faça parte da nossa vida. Nunca vou esquecer a imensa felicidade do meu bebezico cada vez que fechávamos a porta do quarto do hotel, rumo ao carro. Cada sorriso e e cada cara de curiosidade por tudo que viu e provou nesses dias, eles amam passear!  Viajar com um bebê pequeno é muito cansativo, sim (e deve piorar), mas vale, vale muito!

Vôo da volta

Foi noturno e achei menos tedioso pra ela. (mas pra nós... eu não sei dormir sentada) Saímos 19:40 de Miami (no Brasil nessa época +3h) e chegamos 7h (horário de Brasília) em Guarulhos. Para Floripa o vôo saiu 9h. Bruna dormiu apenas metade do tempo, mas ficou muito de boa o tempo todo!


Era isso! Se alguém quiser perguntar mais alguma coisa que eu possa ter esquecido, é só comentar! ;)